A carta


Uma das muitas experiências que vivi no Rally da Misericórdia foi a seguinte:
Estávamos em Desterro. Uma menina, Tatiele, que não devia ter mais que 13/14 anos foi conversar com um dos grupos do Rally, ela conversou com Micael, Gabriel e Irmã Divina. Quando esse grupo foi conversar e evangelizar ela, descobriram que a mãe havia abandonado ela e a irmã. E na despedida ela pediu pra não a abraçarem, pois ela estava fedida. Micael pegou seu dinheiro, foi no mercadinho e comprou produtos de higiene pessoal, e penduricalhos de cabelo pra menina. No final do dia, todos tinham ficado sabendo da história da pequena. Todos se comoveram muito, e nos outros dias ainda tivemos contato com ela. A grande surpresa veio no último dia, no culto de ação de graças que fizemos, ela participou, e levou um presente para cada um dos missionários voluntários do Rally da Misericórdia: uma carta. Tatiele entregou um a um, pessoalmente, e deu um abraço em cada. Na carta palavras simples, mas que mostrou o quanto valeu termos ido pra lá, mesmo que tivesse sido só por ela.
Abaixo a carta, nas palavras que ela escreveu:
"Gostei muito de conhecer vocês. Que pena que vocês já estão indo embora, gostaria que ficassem um pouco mais, para que pudessem conhecer um pouco mais de minha vida. Prometo procurar conhecer mais a Jesus, como vocês me ensinaram, e jamais esquecer de vocês, tanto eu como a minha irmã. Pedimos que vocês jamais esqueçam da gente. Que da próxima vez que 'vinherem'  aqui em Desterro lembrem-se de como a gente era."
Quando cheguei em casa, minha mãe leu a carta em voz alta, e a lembrança da Tatiele, da cidade, e de todos lá me fez cair no choro. Mas tenho certeza que Deus está trabalhando naquela cidade. Eu não estou lá, mas irei sempre orar por eles lá, pela igreja que nos recebeu, e pelas pessoas que estão levando a palavra lá.

This entry was posted on quinta-feira, 19 de julho de 2012 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

One Response to “A carta”

  1. na boa chorei eu me orgulho em ter voces perto em chama-los de irmaos em ve-los crescer

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